Durante meados da década de 1990 uma criatura estranha colocou medo em muita gente, mesmo sem jamais ter sido vista. O chupa-cabra teria atacado animais em diferentes países espalhados pelas três Américas. No Brasil ele ganhou destaque no Domingo Legal, sendo assistido por milhões de pessoas. Quer saber mais sobre essa criatura? Veja a seguir.
O que é chupa-cabra?
Chupa-cabra seria uma criatura que teria atacado animais rurais em diferentes países da América, incluindo o Brasil. Recebeu esse nome após diversas cabras terem sido encontradas mortas em Porto Rico, com marcas de dentes em seus pescoços e com sangue drenado. Até hoje esse bicho não foi encontrado de maneira oficial. O chupa-cabra faz parte da criptozoologia, que estuda animais mitológicos.
Primeiro relato do chupa-cabra
A primeira pessoa a ter registrado a presença dessa criatura foi Madelyne Tolentino, da cidade de Canóvanas, no leste de Porto Rico, que diz ter visto algo semelhante a um extraterrestre da janela de sua casa. A história se espalhou rápido, aliada ao fato de alguns animais terem sido encontrados mortos naquela região.
Ainda quando a internet engatinhava o chupa-cabra já aparecia na rede, principalmente entre grupos ufológicos. Cinco anos depois, em 2000, um novo tipo de chupa-cabra ganhou fama, este semelhante a um cachorro, só que sem pelos. Novamente a história voltou a ganhar fama por todo o continente americano.
Qual a aparência do chupa-cabra?
De acordo com pessoas que teriam visto esse animal de perto na década de 90, ele tinha uma aparência assustadora. Diziam ser uma criatura bípede, com altura variando entre 1,20 e 1,50 metro. Possuía espinhos nas costas, longas garras e olhos esbugalhados. A partir de 2000 o chupa-cabra começou a ser citado como quadrúpede.
Onde o chupa-cabra atacou?
O primeiro ataque da criatura teria acontecido em 1995, quando oito animais foram entrados mortos em Porto Rico. Na sequência ataques do tipo passaram a ser relatados em outros países do continente como República Dominicana, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Peru, Brasil, Estados Unidos e México.
Chupa-cabra capturado no Paraná
Aconteceu no dia 7 de junho de 1999, na cidade de Campina Grande do Sul, no Paraná. Um grupo de ufólogos e outros interessados no assunto faziam buscas sobre o suposto chupa-cabra, até que o bicho foi encontrado. Logo ele foi conduzido para a delegacia e encarcerado. O Exército foi chamado e imediatamente levou a criatura dali. Os agentes da Polícia teriam pedido para ninguém comentar o caso.
As pesquisas do grupo apontaram que os animais atacados não apresentavam odor característico da decomposição. Todos os corpos encontrados possuíam marcas profundas de três garras. Ataques do tipo foram relatados em diversos pontos do Paraná. A equipe de ufólogos constatou que o animal tinha características alienígenas, ou era algum animal geneticamente modificado por ETs.
DNA nas vítimas do chupa-cabra
O pesquisador do Comitê para a Investigação Cética (CSI) para a história do chupa-cabra, Benjamin Radford, realizou diversas investigações sobre a criatura. Ele realizou teste de DNA em alguns animais, principalmente encontradas no Texas, nos Estados Unidos. Esses bichos não tinham pelos, eram magros e com aparência de pele queimada.
Os corpos eram na verdade de coiotes, cachorros ou guaxinins, e até de um peixe. De acordo com o pesquisador, esses animais perderam seus pelos em virtude de uma sarna sarcóptica provocada por ácaros, assim ficavam diferentes e poderiam ser confundidos com outros tipos de seres. Resolvida a questão dos chupa-cabras de 2000, mas aquele de 1995 continua sem explicação.
Como ficaram as vítimas do chupa-cabra?
Segundo as pesquisas de Radford, os animais mortos eram provavelmente vítimas de predadores comuns, como cães ou coiotes. Em alguns casos as prezas morrem com hemorragias internas, sem marcas de mordidas pelo corpo. Foi registrado que o chupa-cabra não era semelhante aos morcegos, já que as espécies que sugam sangue procuram locais mais finos da pele.
Chupa-cabra é extraterrestre?
Alguns ataques do chupa-cabra teriam sido realizados em cidades onde é comum o avistamento de Objetos Voadores Não Identificados (Óvnis), assim esses animais podem realmente terem vindo de outros planetas, isso explicaria os ataques em locais tão distantes. Outras teorias apontam que esta criatura é um tipo de vampiro.
Por que ainda falam do chupa-cabra?
Embora não existam provas cientificas sobre a veracidade desse tipo de animal, ainda existem diversas histórias sobre eles. Segundo Radford, essa questão tem relação com o sentimento antiamericano. Alguns porto-riquenhos acreditam que os chupa-cabras seriam experiências genéticas americanas soltas na floresta de El Yunque.
Chupa-cabra no Domingo Legal
No Brasil um programa que explorou ao máximo a imagem do chupa-cabra foi o Domingo Legal, na época apresentado por Gugu Liberato. Em 1997 enquanto os boatos sobre o suposto animal aterrorizavam a população o programa mostrou uma criatura estranha, que seria o suposto bicho. Gugu chegou a mostrar um crânio que afirmava ser do animal, com isso bateu a Globo no ibope.
Na época um jornal chegou a informar que a cabeça mostrada em rede nacional teria saído de Campinas (SP), outros afirmavam que poderia ser a cabeça do ET de Varginha, que teria desembarcado na Terra um ano antes. O Domingo Legal convocou ufólogos e biólogos para tentar explicar a situação. No fim descobriram que o suposto chupa-cabra havia sido roubado de um bar em São Paulo.
Chupa Cabra na mídia
O chupa cabra é uma criatura que se tornou bastante popular na mídia, sendo retratado por diversas vezes em séries de TV e em outras mídias. Ele apareceu em um episódio da 16ª temporada de South Park, no 21º episódio de As Aventuras de Jackie Chan e ainda no Japão, com presença no 238º episódio de Gintama.
Foi retratado no cinema, com o filme de animação Scooby-Doo e o Monstro do México. O chupa cabra esteve representando no 5º episódio da segunda temporada de The Walking Dead e no 18º episódio da sexta temporada de Bones. Mesmo com sucesso na década de 1990, ele parece continuar popular no século XXI.
