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Dama de branco: saiba mais sobre a lenda urbana

Dama de Branco é uma lenda urbana contada de diversas formas. Talvez a mais popular delas diz que seria uma mulher que se casou com um homem que não gostava e depois morreu de fome. Quer saber mais? Confira a seguir.

O que é a Dama de Branco?

Existe uma música com este nome, tocada pela dupla Pedro Bento & Zé da Estrada, mas o que falamos aqui é da lenda com este nome. Conhecida ainda também por Mulher de Branco, seria um fantasma feminino que aparece em áreas rurais e que teria morrido de forma violenta ou foi traumatizada enquanto estava viva.

Assim como outras lendas envolvendo mulheres, ela teria sido traída por seu marido ou noivo. Quando algum deste fantasma é visto, significa que alguém da família irá morrer, embora existam diferentes versões sobre a Dama de Branco. De acordo com a lenda, a moça é tão branca que sua pele se confunde com as suas vestimentas.

Quando surgiu a lenda da Dama de Branco?

A lenda da Dama de Branco começou em algum período durante os anos de 1800, na metade daquele século. Um sapateiro morava em São Paulo e queria levar a sua loja para o centro da capital, onde aumentaria a clientela e poderia ganhar mais dinheiro, deixando de ser pobre. Por muitos anos ele sonhou com uma nova loja.

O dinheiro que o sapateiro ganhava servia apenas para alimentar a sua esposa e os cinco filhos do casal. Sua filha mais velha cresceu e se tornou uma bela mulher. Seus olhos eram lindos, a pele clara e os cabelos lisos encaracolados. Era a filha preferida do sapateiro. Simpática, a moça atraia atenção de muitos homens que passavam pela loja, mesmo assim o pai negou todos os pedidos de namoro.

Uma ótima proposta pela mão da filha

Certo dia chegou um homem na sapataria, procurando comprar um novo par de botas, ele entrou e se sentou em um banco onde provou bota por bota, até perceber a beleza da moça que passou por ali, era a filha sapateiro, então o seu coração disparou. Esse homem fazia várias viagens por São Paulo para tratar de negócios.

Ele era dono de uma das maiores plantações de cana-de-açúcar de São Paulo, um pouco distante da capital. Era conhecido por ser um homem extremamente cruel, senhor de diversos escravos que trabalhavam no campo, tinha os olhos grandes e não era bonito. Além disso, havia um mistério em relação a morte de sua primeira esposa.

O fazendeiro retornou para a sapataria durante vários dias seguidos, levando sempre bons presentes para a família, principalmente para a bela moça. A cada visita ele oferecia um dote maior para se casar com a filha, assim o antigo desejo do sapateiro de levar a sua loja para a capital começou a se tornar verdade. A moça não gostava do homem, mas isso não foi problema para o pai, que arranjou o casamento.

Como foi o casamento da Dama de Branco?

Não demorou muito para que a filha do sapateiro e o fazendeiro se casassem, em uma cerimônia reservada para poucos convidados. Muitos choraram durante o matrimônio, principalmente a noiva, que vestia um vestido branco e simples, costurado por sua mãe. Assim que a missa acabou, o fazendeiro pegou-lhe pelo braço e levou para uma carruagem, mal deixando ela se despedir da família.

A viagem até a propriedade do sujeito demorou três dias e neste tempo a bela percebeu que não conseguiria amar o seu marido. O homem se tornou muito ciumento. O marido pensava que se ela não lhe amasse era porque gostava de outro, algo intolerável para ele. Em boa parte do tempo a filha do sapateiro fingia estar dormindo, mesmo durante o dia.

Por ficar a maior parte do tempo sozinha, a moça entrou em depressão, já que não via mais os seus amigos e a família. Saia do quarto apenas quando sabia que o homem havia deixado a casa. Os escravos que trabalhavam na residência se acostumaram com esse estilo, e sempre preparavam alguma comida para a moça quando o patrão partia.

Um contato com escravos e a confusão armada

Certo dia a moça estava comendo pastéis e pela janela de seu quarto avistou escravos bebendo água em um balde. Bondosa, ela foi até eles e ofereceu a comida para os escravos, que prontamente negaram. Ela insistiu e eles acabaram comendo. Enquanto isso, um dos escravos foi até a cozinha e pegou uma xícara de cana de açúcar e ofereceu para a mulher, em forma de gratidão.

A moça ficou pensando que não precisaria ser tão solitária e poderia ter novos amigos. Ela chegou a acariciar o braço de um deles. Só que seu marido estava em casa e observou toda a cena. No dia seguinte, quando a bela tentou repetir a ação, seu marido lhe trancou na cozinha e olhou com um olhar assustador.

A jovem foi amarrada em uma cadeira, enquanto isso, debaixo da mesa estava um prato, com a cabeça do escravo que no dia anterior havia levado a xícara. O marido puxou o prato, que contava com pedaços de carne e cinzas empilhadas, restos do corpo do homem conhecido anteriormente.

A Dama de Branco comeu carne de morto?

Seu marido ria da situação, foi então que ela percebeu o quão perverso ele era. O fazendeiro tentou ainda obrigar que sua mulher comece a carne do sujeito morto, mas ela recusou. O marido prometeu que perdoaria a situação e que a esposa poderia comer o que desejasse, porém, antes precisava dar uma mordida na carne. Ela seguiu presa no local e sem comida.

Sonho e pesadelo para o pai

Dentro de meses o pai abriu sua loja na capital, três vezes maior do que a antiga. Assim que abriu as portas, um veículo parou na frente da loja e o carteiro disse que tinha uma entrega. Para seu espanto era o corpo de sua filha, praticamente só em osso. O pai reconheceu apenas devido ao vestido branco.

Lenda da Dama de Branco

Em São Paulo a história é sempre parecida. Uma mulher bonita com um vestido branco e sem mangas leva homens para fora de bares. Depois ninguém se lembra dela, apenas do seu sorriso e covinhas no rosto.