O Tabuleiro de Ouija é um tipo de jogo desenvolvido para falar com espíritos. Ao longo dos anos foi ganhando mais funcionalidades, passando a ser conhecido como uma ferramenta para invocação de demônios. Mas, como ele funciona? Onde surgiu? Ficou curioso e quer saber mais sobre o Tabuleiro de Ouija? Leia abaixo.
O que é o tabuleiro de Ouija?
Conhecido como tabuleiro de ouija ou tábua ouija foi criado para ser utilizado na comunicação com espíritos. Essa peça conta com um sistema de regras detalhadas para impedir que espíritos do mal entrem em contato. Foi desenvolvido no fim de século XIX, gerando lucros para os produtores e deixando muita gente com medo.
Veja também – Horror em Amityville: conheça a história
As origens do tabuleiro de ouija
O espiritualismo surgiu como um movimento religioso na década de 1840, sendo oficializado nas décadas seguintes. No Brasil o espiritismo chegou em 1857. Nesse período da história, os médiuns e sessões espiritas eram comuns e aceitos pela sociedade da época. Essa condição religiosa tem até hoje como base a presença dos espíritos.
Vendas do tabuleiro de ouija
Conhecidos como tabuleiros de fala, esses itens eram bem populares nos Estados Unidos, contando com um alfabeto impresso eles faziam sucesso no século XIX. Em 1890 o empresário Elijah Bond passou a vender esse tipo de tabuleiro, junto com uma prancheta que deslizava nas letras. Um dos funcionários, William Fuld, passou a produzir as peças e ajudou a deixar ainda mais famoso.
Qual a origem do nome ouija?
Até hoje não foi comprovada a verdadeira história envolvendo o nome desse tabuleiro. Acredita-se que seja a união da palavra francesa “sim” e da alemã “já”. De acordo com o pesquisador Robbert Murch, o nome seria uma sugestão da própria tábua, proposto para Elijah Bond. Naquele momento a mulher que estava com ele usava um colar de uma ativista chamada Ouida.
Tabuleiro de Ouija na Primeira Guerra Mundial
Dizem que é no período de guerra onde mais acontecem transformações e isso vale não apenas para questões militares. Foi durante o período entre 1914 e 1918, na Primeira Guerra Mundial que o Tabuleiro de Ouija começou a ganhar popularidade, até mesmo entre pessoas de outras religiões, principalmente os católicos, que lidavam com incertezas em relação a morte e buscavam soluções.
Em 1919 o Papa Pio X chamou o investigador psíquico J. Godfrey Raupert para falar aos fiéis sobre os perigos trazidos pelo Tabuleiro de Ouija. Foi publicado o livro A Nova Magia Negra e a Verdade Sobre o Tabuleiro Ouija. A medida mostrou a preocupação da Igreja Católica em perder fieis e ter o seu império ameaçado.
O Exorcista e o Tabuleiro de Ouija
Em 1971 o autor William Blaty lançou o livro O Exorcista, que foi importante para o jogo. Ele se inspirou em um caso real, envolvendo um jovem norte-americano que teria entrado em contato com demônios em 1949. Assim, o que antes era tratado como uma forma de conversar com os mortos passou a ser um sistema para chamar demônios.
Em 1973 foi desenvolvida uma adaptação para o cinema, sendo considerado um dos maiores sucessos de todos os tempos, com arrecadação de US$ 402,7 milhões, tendo custado somente US$ 12 milhões a produção. O enredo ajudou a popularizar ainda mais a nova forma de utilizar a tábua. O filme aborda a possessão demoníaca de uma menina de 12 anos.
Tabuleiro de Ouija atualmente
O Tabuleiro de Ouija, que foi popular entre os católicos no começo do século passado, atualmente é proibido pela religião. Segundo levantamento, até hoje já foram vendidas mais de 25 milhões de unidades, sendo atualmente produzido pela Hasro. Continua popular, embora seja difícil de encontrar. Nos cinemas foi mencionado novamente em 2014, com o filme Ouija.
Tabuleiro de Ouija tem explicação?
Cientistas buscaram uma solução para explicar o mistério por trás do Tabuleiro de Ouija. Segundo estudos, não tem nada a ver com espíritos, a questão é ligada a motores involuntários. Em 1988 o professor de neurologia Terence Hines afirmou que a prancheta é guiada inconsciente, a ilusão causada é poderosa e convence muitas pessoas.
Regras do Tabuleiro de Ouija
O jogo foi patenteado pela primeira vez em 1891 e com isso as regras foram estabelecidas. São 7 regras que devem ser respeitadas para evitar problemas. É recomendado jogar em dupla, podendo ter mais gente também. Nunca deve ser jogado em um cemitério ou sozinho, situações propicias a invasão por meio de espíritos malignos. A falta de jogadores atiça os espíritos.
Existe uma preparação para o jogo, que deve ser jogado somente durante a noite, com as luzes apagadas. Uma pessoa deverá ser o médium, a tábua deverá estar em cima de uma mesa, ou nos joelhos de dois participantes. Todos os participantes devem pôr os dedos indicador e médio na prancheta, sendo que no começo da partida a peça deve estar marcando a letra G.
Algumas vezes as respostas podem demorar a aparecer, é recomendado começar com perguntas simples, aumentando o nível aos poucos. É fundamental anotar os movimentos da prancheta para que não sejam esquecidos. Para encerrar o jogo é preciso falar “adeus”, mas se a prancheta fizer um oito de modo seguido quer dizer que um espirito do mal está no comando.
Espíritos do mal
Se o Tabuleiro de Ouija apresentar um comportamento fora do padrão, é perigoso para os jogadores. Na maioria das vezes o espirito tentará fugir do tabuleiro. Caso ele consiga, os jogadores podem até mesmo serem possuídos. Para encerrar de vez o jogo é bom virar o tabuleiro de cabeça para baixo ou contar de 9 a 0.
Turistas possuídos
Três jovens foram internados no México em 2014 dizendo estarem possuídos por espíritos. Eles estavam jogando em um Tabuleiro de Ouija quando o sistema começou a fazer movimentos estranhos. Dois jovens acabaram desacordados e levados ao hospital.
Serial Killer
Em 2007 a dupla Joshua Tucker e Donald Schalchlin perguntaram a tabua se deveriam virar assassinos, a resposta foi sim. Tucker matou sua mãe e a irmã do amigo. Donald ajudou nos crimes. A dupla tentou fugir mas acabou presa, com 41 anos de prisão para Tucker e 9,5 para Donald.