Tutancâmon, Cleópatra, pirâmides, esfinge e Rio Nilo são alguns itens que marcaram a história do Antigo Egito. Tão importante quanto eles estão os diversos deuses, que segundo a crença, protegiam a população e contribuíam com o desenvolvimento da natureza.
Mas, qual eram os principais deuses que cultuavam? Confira a seguir essa e outras respostas.
Deuses do Egito
O Egito foi um território marcado pela variedade dos deuses, que serviam para auxiliar os faraós durante os seus governos. Alguns deles eram muito poderosos e seguem com fama até os dias de hoje, como o casal Íris e Osíris. Haviam muitos outros deuses, representados de variadas formas nesta cultura milenar.
Período do Antigo Egito
A sociedade do Antigo Egito começou por volta de 3.100 a.C. e seguiu até 30 a.C. Ao longo deste período de 3 mil anos o governo foi dividido em Império Antigo, períodos intermediários e Época Baixa, até chegar na conquista romana. Ergueram pirâmides e cultuaram diversos deuses ao longo deste período, já que eram politeístas.
Ámon – O oculto
No Antigo Egito, Ámon era considerado o principal deus. Ele era representado em uma forma humana, em outras vezes aparecia com cabeça de carneiro. Junto com Mut e Khonsu formava a Tríade Tebana. Durante um período, foi fundido com Ra, um que carregava bagagem semelhante, passando a ser chamado de Ámon-Ra, assumindo o protagonismo entre os deuses.
Era chamado de O Oculto por ser a personificação dos ventos. O auge de Ámon aconteceu por volta de 2.000 a.C., seis séculos depois, o Faraó Aquenáton estava preocupado com o poder dado aos sacerdotes, então tentou trocá-lo por Áton. Os sacerdotes deste deus utilizavam uma túnica branca com uma capa de pele de leopardo, deveriam ter a cabeça raspada e cuidar do comportamento.
Mut – A deusa mãe
Na língua egípcia Mut significa mãe, sendo este um dos principais deuses tebanos, mulher de Ámon e mãe de Khonsu. Suas representações indicavam uma mulher com coroas na cabeça, indicando o Alto e o Baixo Egito. Poderia aparecer ainda com o corpo de um abutre ou vaca. Chegou a ser fundida com Hator, que também era uma mãe divina para aquela cultura.
Osíris – O deus da vida
Esse é um dos mais populares deuses egípcios, conhecido até os dias de hoje. Era o filho mais velho de Zeb com a deusa do céu Nut. Era conhecido naquela civilização como o deus da vida após a morte. Osíris representava a renovação e o crescimento, sendo responsável pela fertilidade das produções feitas ao longo do caminho do Rio Nilo.
Osíris foi casado com sua irmã Ísis, sendo assassinado pelo também poderoso deus Seth, mas retornou a vida devido a magia e o amor de Ísis. Com ela foi pai de Hórus, que assumiu como rei do Egito. A representação mais antiga de Osíris vem do ano 2.300 a.C., parecendo um homem mumificado e com barba postiça. Osíris teria ensinado para a terra técnicas de agricultura.
Seth – O deus do caos
Deus do deserto e das tempestades, Seth era irmão de Íris e Osíris. Inicialmente ele não era ligado ao caos e a escuridão, mas depois passou a ser mais famoso por isso. Suas representações mais clássicas traziam-no com o corpo de um homem, cabeça e cauda de um cão. A demonização veio após a fama por ter matado Osíris, mesmo assim seguiu adorado em algumas regiões.
Ísis – A deusa da ressurreição
A deusa da fertilidade Ísis podia ser representada com um corpo feminino, ou então cabeça e chifres de vaca. Conforme a lenda, quando Osíris foi morto, recolheu o seu corpo e uniu em bandagens, mumificando-o e trazendo de volta a vida. Foi com Ísis que criaram o conceito de ressurreição, servindo de base para diversas religiões.
Hórus – O deus da vingança
Ainda de acordo com a lenda, Hórus teria vingado a morte de seu pai, matando o tio Seth e passando a ser o novo rei do Egito. Era tratado como o deus da luz e do céu, representado com a forma masculina e a cabeça de falcão. Alguns faraós afirmavam para o povo que eram a reencarnação de Hórus.
Anúbis – O embalsamador divino
Responsável pelo reino dos mortos antes do assassinato de Osíris, Anúbis era quem mumificava os mortos e orientava as almas. Tinha um tom de pele preto, simbolizando os depósitos escuros do Rio Nilo. Anúbis era um dos participantes da cerimônia de Ponderação do Coração, que decidia o que seria feito com os falecidos.
Rá – O deus do sol
Já falamos sobre ele, mas aqui vai alguns dados mais aprofundados antes de sua junção com Ámon. Rá era um dos principais deuses do Egito, ligado até mesmo a construção das pirâmides. Simbolizava o nascer do sol a cada manhã, morrendo a cada pôr-do-sol. Era representado com o corpo de um homem e a cabeça de falcão. Rá se fundiu com deuses importantes e foi inspiração para outros.
Thoth – O deus do conhecimento e sabedoria
Tinha a cabeça de íbis ou de babuíno e não era um dos deuses mais populares. Era considerado o mais inteligente entre todos os deuses, cumprindo papéis importantes em diferentes lendas. Atuava ainda como uma espécie de árbitro para o bem e para o mal.
Hator – A deusa da maternidade
Era conhecida por ser a deusa da dança e da música. Hator era tratada como a Senhora do Céu, da Terra e do Submundo. Protegia as mulheres durante o período da gravidez e no parto, sendo adorada por trazer a fertilidade.
Sekhmet – A deusa da guerra e da cura
Deusa da guerra, tinha uma cabeça de leão. Foi a responsável por acabar com os inimigos de Rá e auxiliava os faraós. Sekhmet era ligada a medicina e a saúde.
Bastet – A deusa felina
Essa foi a primeira representação de mulher gato. Era filha de Rá e adorada pela natureza maternal que trazia, sendo protetora e feroz quando necessário. Bastet era popular já que os gatos matavam as cobras que atormentavam o Egito.