Conhecido também como Livro que ninguém consegue ler, o Manuscrito Voynich é uma publicação cheia de mistérios. Ninguém sabe exatamente o que ele significa, quando foi escrito e para o que era utilizado. Alguns pesquisadores garantem ter chegado a uma descoberta. Quer saber mais sobre o Manuscrito Voynich? Continue lendo e veja a seguir.
O que é Manuscrito Voynich?
O Manuscrito Voynich é um antigo livro cheio de ilustrações com o conteúdo muito difícil de ser compreendido. Acredita-se que a peça tenha mais de 600 anos de idade, sendo publicada no século XIII ou depois. O seu autor utilizou um sistema de escrita desconhecido, complicando o seu entendimento. Muitas vezes é chamado de “Livro que ninguém consegue ler”.
Tentativas de decifrar o Manuscrito Voynich
Desde que foi encontrado, muitas pessoas tentaram decifrar os significados do Manuscrito Voynich. Criptógrafos amadores e profissionais, incluindo especialistas do tema norte-americanos e britânicos. Especialistas em códigos da Primeira Guerra Mundial e da Segunda Guerra Mundial tentaram, assim como computadores especializados, mas nenhum deles havia sido capaz. Agora um homem afirma ter conseguido.
Manuscrito Voynich é embuste?
Não. Como muitas pessoas tentaram decifrar o que o Manuscrito Voynich queria dizer e não conseguiram, alguns teóricos levantaram a hipótese de que o livro seria um embuste. Embustes são tentativas de enganar diferentes grupos de pessoas, fazendo parecer real algo que é falso e não representa absolutamente nada. A sequência desconectada de símbolos contribuiu com essa ideia.
Manuscrito Voynich é uma fraude?
Outra teoria sobre o Manuscrito Voynich diz que esse material teria sido produzido como uma fraude. Seu inventor seria o mago, astrólogo, fraudador e falsário Edward Kelley, que teria recebido algumas ajudas para montar o livro. Porém, essa questão também não é verdadeira já que a escrita segue um padrão, diferente das ilustrações.
Onde foi produzido o Manuscrito Voynich?
É quase impossível saber exatamente onde o Manuscrito Voynich foi escrito e ilustrado. Pesquisadores acreditam que tenha sido no continente europeu, na Itália, já que alguns dos desenhos se assemelham a uma torre que existia naquele país. Segundo Voynich, a publicação possuía algumas anotações em grego, podendo ser esta outra possível origem para o material. Já em relação as escritas, podem ser de origem asiática, levando outra hipótese.
Onde está o Manuscrito Voynich?
Em 1912 a publicação foi comprada pelo livreiro Wilfrid M, Voynich, recebendo o seu nome. Desde 2005 está exposto na biblioteca da Universidade de Yale, que fica em New Haven, em Connecticut, nos Estados Unidos. Em 2005 ganhou uma representação chamada Le Code Voynich, feita pelo editor francês Jean-Claude Gawsewitch.
Onde foi encontrado o Manuscrito Voynich?
Wilfrid Michael Voynich comprou o livro no colégio Jesuíta de Villa Mondragone, em Frascati, uma província de Roma, na Itália. Fez parte de uma aquisição de 30 volumes, que precisou ser vendida pelo padre jesuíta Giuseppe Stickland para arrecadar fundos e restaurar a vila onde moravam. As obras faziam parte de um acervo do Colégio Romano.
O comprador era curioso e foi folhar as páginas dos livros que recém havia comprado. Um deles lhe chamou atenção, já que era complicado entender o que estava escrito. Além disso, a publicação contava com uma carta de Johannes Marcus Marci, escrito há pelo menos dois séculos, dizendo que havia mandado o livro para Roma onde um amigo polígrafo tentaria decifrar.
A carta havia sido escrita em Praga, na atual República Tcheca, em 1665 ou 1666. Aliás, o escritor Merci era reitor da universidade da cidade, uma das mais antigas do mundo, fundada em 1348. Ele teria ganhado o livro de um amigo, conhecido por Georg Baresch, que era ligado a alquimia. Antes disso é difícil saber por onde o manuscrito passou.
Em que ano foi escrito o Manuscrito Voynich?
Outra questão que não pode ser respondida é referente a exata idade do Manuscrito Voynich. Alguns afirmam que foi publicado em 1404. Uma das plantas desenhadas em suas páginas só passou a ser cultivada no continente europeu após 1492, quando eles descobriram a América, se realmente for essa planta, parecida com os girassóis, o livro não poderia ter sido lançado antes deste ano.
Como é o Manuscrito Voynich?
A obra foi escrita em um material conhecido como papel velino ou pergaminho de vitelo, que consiste na pele de animais, geralmente cabras. Possui 22 cm de altura, 16 cm de largura e 4 cm de espessura, contando com 122 folhas e 204 páginas. Alguns estudos sugerem que originalmente a publicação contava com 272 páginas, outros pensam que tinha 116 folhas.
Embora o idioma em que tenha sido escrito não seja conhecido, é possível identificar que a escrita vem da esquerda para a direita, sem utilizar pontuações. Existem entre 20 e 30 letras utilizadas ao longo do material, que possui 170 mil caracteres, outros 12 caracteres aparecem apenas uma vez ao longo do Manuscrito Voynich. Acredita-se que existem 35 mil palavras escritas.
Alguns especialistas em línguas acreditam que o conteúdo escrito seja parecido com línguas faladas em países asiáticos, semelhante as línguas sino-tibetanas, tai e austro-asiáticas. Uma análise nas letras sugere que o livro tenha sido escrito no começo do século XV, embora os desenhos tenham sido pintados depois. Existem ainda anotações em línguas conhecidas, já nas páginas finais.
Especialista garante ter desvendado o mistério
Um especialista em textos medievais, o britânico Nicholas Gibbs pensa que conseguiu decifrar o mistério que dura séculos. Ele ficou analisando durante três anos, propondo que o Manuscrito Voynich não tenha sido escrito por meio de códigos ou idioma desconhecido, e sim utilizando uma forma simplificada do Latim. Gibbs atribuiu a dificuldade em criptografar ao fato de que nenhum que tentou era especialista em Latim.
O britânico afirma que o livro contém informações sobre a medicina, e diz ter chegado a esta conclusão após encontrar várias relações entre símbolos presentes no livro parecidos com os encontrados em livros sobre o tema. Conta ainda que encontrou ilustrações iguais às de um mineral conhecido por magnetita, que servia para as mulheres. Gibbs acredita ainda que se existisse um índice no livro o mistério teria sido solucionado há algum tempo.