Existem mais de 10 milhões de buracos negros no espaço sideral. Podem ser menores do que um grão de areia ou maiores do que o sol. Certamente você já ouviu falar sobre eles, mas não tudo. Quer saber como se formam os buracos negros? Quais as classificações que existem? Continue lendo e saiba tudo.
O que é um buraco negro?
Buracos negros são regiões com uma gravidade muito pesada que puxam tudo o que está ao redor para o seu entorno. Nem mesmo a luz consegue escapar desse tipo de fenômeno, então são invisíveis aos olhos humanos. A formação desse tipo de sistema pode levar um bom tempo.
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Qual o tamanho de um buraco negro?
Existem buracos negros de diferentes tamanhos, sendo pequenos, médios, grandes e gigantes. Especialistas da National Aeronautics and Space Administration, a Nasa, pensam que o menor deles pode ter o tamanho de um átomo, ou seja, extremamente pequeno, podendo ter até 20 vezes a massa do sol.
Existem também os chamados de “supermassivos”, que possuem a massa mais de 1 milhão vezes superior à do nosso sol. Os pesquisadores da área especial garantem que em quase todas as galáxias abrigam buracos negros enormes nos seus centros. Na Via Láctea existe o Sagittarius, que tem quatro milhões de vezes a massa do sol.
Como saber que um buraco negro existe?
Os buracos negros são invisíveis a olho nu, então os astrônomos podem utilizar diversos equipamentos, como telescópios e satélites para facilitar esse tipo de busca. Os cientistas conseguem perceber a influência dos buracos negros em seus arredores, supondo a sua existência. É preciso investigar também para verificar se eles estão fixados numa galáxia ou vagando pelo espaço.
Quantos buracos negros existem?
Esse cálculo é quase impossível de ser respondido com exatidão. Ele é feito com base no tempo de vida das estrelas e também a idade da galáxia. De acordo com a Nasa, é possível que existam ao menos 10 milhões de buracos negros por aí. É bom lembrar que as dimensões do espaço são estratosféricas e esse número pode ser bem maior.
E se a Terra encontrar um buraco negro?
A Nasa garante que não existe a chance de a Terra ser engolida por um buraco negro. O sistema solar onde o nosso planeta fica é longe do Sagittarius, há mais de 24 mil anos luz. Se isso viesse a acontecer levaria milhões de anos e mesmo assim é muito pouco provável.
Como se formam buracos negros?
Quando corpos gravitacionais celestes entram em colapso, podem dar origem a um novo buraco negro. Geralmente isso vale para estrelas e acontece quando a pressão interna é insuficiente para segurar a sua massa. O núcleo explode e gera uma grande quantidade de energia, causando o fenômeno conhecido como supernova.
Em fração de segundos toda a massa dessa estrela se comprime no núcleo, se movendo a 1/4 da velocidade da luz. Depois surgirá uma estrela de nêutron e se ela for grande o bastante, um novo buraco negro estará existindo. Para que alguma partícula próxima consiga escapar, deve viajar numa velocidade superior à da luz, no mínimo.
Diferentes buracos negros
Albert Einstein foi um dos responsáveis pelo surgimento da física moderna, contribuindo também com investigações sobre buracos negros. Os efeitos da gravidade são citados no conjunto chamado de Teoria da Relatividade Geral. O gênio contribuiu para o avanço descrevendo-os como “deformações no espaço-tempo causadas pela quantidade massiva de matéria concentrada”.
Eles se dividem em quatro categorias. Os buracos negros do tipo Schwarzschild, que não possuem carga elétrica e nem impulso angular, assim não ficam rotacionando em seu próprio eixo. Diferentes da primeira, os buracos negros de Reissner-Nordstrom possuem carga elétrica, e também não rotacionam no seu eixo.
Existem também os buracos negros do tipo Kerr, que não possuem carga elétrica e rotacionam em seu eixo. E para fechar, os buracos negros de Kerr-Newman, que possuem carga elétrica e rotacionam em seu eixo. Acredita-se que com o passar dos anos todos eles atinjam no nível Schwarzschild, numa ação chamada de Processo Penrose.
Estrutura dos buracos negros
A aparência de um buraco negro é escura, no qual é impossível que algo possa refletir. Até hoje não existem provas cabais sobre o que acontece com os itens que são sugados por esses monstros. Mas, a ciência acredita que seja algo parecido com o que acontece nas proximidades, envolvendo o horizonte de eventos, singularidade e ergosfera.
Horizonte de eventos
O horizonte de eventos nada mais é do que o campo gravitacional gerado pelo buraco negro, causando um ponto onde é impossível de observar o que acontece. Já foi comprovado que o formado é totalmente esférico nos buracos negros estáticos e oblíquo nos buracos negros rotativos. Com o passar do tempo ele pode causar alguns efeitos.
Se alguém estiver observando de uma certa distância dois objetos, um mais afastado e um mais próximo do horizonte de eventos, o que estiver mais próximo se moverá mais lentamente, até que pare no tempo. Pesquisas indicam ainda que os objetos passam pelo procedimento chamado desvio para o vermelho, onde ganham essa cor assim que adentram em um buraco negro.
Singularidade e ergosfera
A singularidade é o ponto central em um buraco negro, na parte onde a massa da estrela se concentrou. Embora os cientistas estudem a questão há diversos anos, ainda se sabe pouco sobre a singularidade. Ela é tão poderosa que contém a massa total da estrela que explodiu, mais massa dos corpos consumidos.
A ergosfera é uma parte que contorna o horizonte de eventos nos buracos negros rotativos, fazendo com que seja impossível um corpo ficar parado. Segundo as teorias de Einstein, para que algo conseguisse ficar parado seria necessária uma velocidade superior à da luz, em sentido contrário. Diferente do horizonte de eventos, a ergosfera não atrai objetos.
Stephen Hawking e os buracos negros
Ao longo de sua vida, esse físico resolveu diversas questões deixadas por Einstein, ajudando a Teoria do Big Bang. Em relação aos buracos negros, para ele esses itens não são tão negros assim e perdem massa com a liberação de energia, até desaparecerem.