Embora tenha este nome, o Dragão de Komodo não é um animal descendente direto dos dinossauros e muito menos solta fogo pela boca. Ele pode medir mais de 3 metros de comprimento, sendo um animal que se dá muito bem com as presas. Vivem somente na Indonésia, onde possuem um parque especial.
Será que o Dragão de Komodo come pessoas? Veja a seguir.
Dragão de Komodo
O Dragão de Komodo é um animal imponente, grande e pesado. Pode atacar animais tão fortes quanto, como búfalos e cavalos. A dieta é bem variada, mas o que gostam mesmo é a carniça. Essa espécie pode ser criada em cativeiro e serviu de inspiração para o primeiro filme do King Kong.
Onde vive o Dragão de Komodo?
Esse animal vive na Indonésia, país asiático, mais especificamente nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Sítio Alegre. Estão listados como uma espécie vulnerável de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), sendo protegidos por lei no Parque Nacional de Komodo, criado para proteger estes animais.
Qual o tamanho do Dragão de Komodo?
Se estiver em cativeiro, na idade adulta, o Dragão de Komodo pode medir até 3 metros de comprimento e chegar aos 160 kg, solto na natureza não passa de 70 kg. As fêmeas são um pouco menores e mais leves. O maior deles já encontrado tinha nada menos do que 3,13 metros. A cor normal é cinza e marrom, com aparência de dinossauro.
O que come um Dragão de Komodo?
O Dragão de Komodo pode se alimentar com porcos selvagens, cabras, veados, búfalos, cavalos, macacos e insetos. Podem apresentar estilo canibal e comer animais menores da mesma espécie. Esses bichos tem um ótimo faro e adoram carniças, podendo localizar esse tipo de iguaria a quilômetros de distância.
Ataques contra humanos
Nas ilhas onde vivem e principalmente nos parques fechados, os Dragões de Komodo são atrações turísticas. Na maioria das vezes não apresentam comportamento agressivo, convivendo normalmente com os habitantes locais. Porém, existem registros de ataques contra seres humanos, resultando em morte, talvez porque a vítima chegou muito perto ou o animal estava com fome.
Dragão de Komodo coloca ovos?
Sim. Os Dragões de Komodo são animais ovíparos, colocando entre 15 e 30 ovos de uma só vez. As fêmeas normalmente procuram locais arenosos para fazer esse depósito, assim que a estação das chuvas é encerrada. Estes ovos levam até oito semanas para abrirem. Os bebês nascem com tamanhos entre 20 e 25 centímetros. Podem viver até 50 anos.
Características físicas
O Dragão de Komodo tem quatro patas e cada uma delas carrega cinco garras. Dentro da mandíbula do animal existem bactérias mortais, onde os que conseguem escapar do ataque morrem tempo depois. Levando vantagem pelo tamanho, costumam derrubar as presas com a utilização da cauda, depois utiliza os dentes para cortar em diversos pedacinhos. Se for um animal maior, ataca com uma mordida firme e espera as bactérias agirem.
É um dragão mesmo?
Não. O desenvolvimento dessa espécie tem 40 milhões de anos, começando com o Varanus, na Ásia, migrando depois para a Austrália. Por volta de 15 milhões de anos atrás aconteceu uma colisão entre a Oceania e o Sudoeste Asiático, fazendo com que estes animais fossem parar na Indonésia. Pesquisadores acreditam que faz 4 milhões de anos que estes animais ficaram diferentes dos ancestrais.
Os Dragões de Komodo habitam hoje em dia uma região que foi formada com o fim da última Idade do Gelo, que com a subia das águas deixou ilhas no país. Para fechar, esse animal é considerado uma espécie de lagarto. Os dinossauros que viveram por aqui há milhões de anos eram répteis de outra linha evolutiva, diferente da que originou os animais que conhecemos hoje.
Quando o Dragão de Komodo foi descoberto?
O Tenente Steyn van Hensbroek encontrou um Dragão de Komodo em 1910, sendo este o primeiro avistamento registrado por parte dos europeus. Dois anos depois, o diretor do Museu Zoológico em Bogor, Peter Ouwens publicou um artigo cientifico sobre o assunto, assim que recebeu uma foto enviada pelo Tenente. O nome foi dado por W. Douglas Burden, em 1926, após uma expedição a Indonésia.
Pesquisas com os animais
Os holandeses chegaram a controlar a Indonésia durante um período e então proibiram a caça aos Dragões de Komodo, principalmente devido a raridade da presença deles na natureza. Durante as décadas de 1950 e 1960 foram feitos diversos estudos para identificar os hábitos alimentares da espécie, o modo de reprodução e outras características físicas.
A Família Auggenberg chegou a ficar por 11 meses, em 1969, na Ilha de Komodo. Walter Auffenberg e a sua assistente Putra Sastrawan encontraram 50 exemplares, que foram capturados e marcados. Esses estudos foram bem importantes para a vida em cativeiro destes animais. Anos mais tarde novas pesquisas foram feitas, servindo de complemento.
Vida em cativeiro
Assim que foram descobertos, esses animais passaram a ser atrações de zoológicos. Mas, continua sendo raro ver ao vivo um deles, já que são propensos a infecções e bactérias causadas por parasitas. O primeiro deles levado para um cativeiro esteve no Smithsonian National Zoological Park, em 1934. Esses que vivem presos geralmente são calmos, porém, podem haver ocorrências com os tratadores.
Parque Nacional de Komodo
O Parque Nacional de Komodo fica localizado em Tenggara, na Indonésia. Ele foi criado em 1980 buscando a proteção do habitat natural do Dragão de Komodo. Essa região é uma das mais ricas na questão marinha, com recifes de coral, mangues, manta de ervas marinhas e baías semifechadas. É considerado um Patrimônio Mundial da Unesco desde 1991.
Inspiração para King Kong
Em 1933 foi lançado o filme Kong: A Ilha da Caveira. Douglas Burden chegou a levar dois animais da espécie para Nova York, sendo que estes morreram logo após a chegada no destino. Merian Cooper então decidiu levar este estilo para o cinema, fazendo com que a história de King Kong fosse parecida com a dos Dragões de Komodo. Aliás, o K de Kong vem do K de Komodo.