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MK Ultra: saiba mais sobre o projeto

Ao longo da história da humanidade diversas experiências macabras foram realizadas com seres humanos. Normalmente o objetivo é testar o que acontece se algo for ingerido pelas pessoas. Um destes foi o projeto MK Ultra, desenvolvido nos Estados Unidos, que buscava saber o efeito de drogas. Como funcionou? Era proibido? Se quer saber mais sobre o assunto confira a seguir.

O que foi MK Ultra?

Esse é o nome de um código secreto dado a um programa ilegal desenvolvido pelo Serviço de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), utilizando seres humanos. A ideia dos pesquisadores era utilizar pessoas para o desenvolvimento de drogas, que depois poderiam ser utilizadas em processos de tortura, fazendo estes confessarem crimes devido ao estado que ficariam.

Quando começou o MK Ultra?

O programa MK Ultra começou a ser desenvolvido a partir do início da década de 1950 pelo Departamento de Ciência da CIA, prosseguindo até o fim da década seguinte. Alguns pesquisadores indicam que os testes continuaram, de maneira escondida. Além das pessoas que não sabiam do que se tratava, voluntários masoquistas também fizeram parte do estudo promovido pela CIA.

Quem cuidava do MK Ultra?

Diversos profissionais da medicina e de outras áreas participaram do projeto MK Ultra. Em 1953 o chefe era Sidney Gottlieb. Foi durante o seu período à frente que desenvolveram métodos de inserir LSD em uma pessoa sem que ela tivesse conhecimento, também foi o responsável por autorizar pesquisas psiquiátricas para “romper a psique humana”, possibilitando que a pessoa admitisse qualquer ação, mesmo que não tenha cometido.

Gottlieb patrocinou médicos como Ewen Cameron e Harris Isbell, que realizaram diversos estudos sobre o tema, sempre por meio da utilização de cobaias humanas. Algumas pessoas eram envolvidas pensando que na verdade estavam passando por tratamentos. Os recursos eram repassados de forma que não pudesse ser feita uma ligação direta com a CIA. Outro nome importante foi do Tenente Coronel Fletecher Prouty.

Quais são as drogas do MK Ultra?

Para controlar a mente das pessoas, a CIA fez testes com diferentes tipos de drogas psicoativas, como Mescalina, LSD e diversas outras. A maioria das vítimas que foram testadas não receberam indenização ou foram identificadas. Um dos casos que se tem notícia é o de um cientista norte-americano, morto após ter sido drogado secretamente pelo Serviço de Inteligência.

De acordo com os agentes da CIA envolvidos no caso, Frank Olson, o cientista, na verdade havia cometido suicídio, pulando da janela de um hotel. As drogas eram utilizadas sem o consentimento e conhecimento das cobaias, já que um dos objetivos do estudo era fazer com que a pessoa realmente não soubesse que fora drogada. Testes também foram feitos em animais.

Torturas utilizadas pelo MK Ultra

Além da utilização de drogas, diversos tipos de tortura foram testados para facilitar a confissão de criminosos. Poderiam colocar a vítima dentro de uma caixa ou gaiola e enterrar, sendo que estas possuíam uma saída de ar para o tubo de oxigênio. Afogavam a pessoa de maneira não fatal. Podiam ainda levar a temperatura as extremidades, ou submergir as cobaias ao gelo ou produtos químicos.

Durante o MK Ultra a pessoa poderia ter o seu corpo esfolado, com a pele sendo removida. Colocavam fios em regiões sensíveis e davam choques, ainda colocavam luzes piscando próximas dos olhos. Faziam essas pessoas beberem sangue, urina, comerem fezes ou carne humana. Deixavam as pessoas penduradas de cabeça para baixo ou vários dias sem água e comida.

Os pesquisadores faziam a infusão de substâncias químicas tóxicas para gerar doenças e sensação de dor nas vítimas. Deixavam as pessoas com medo, utilizando serpentes, aranhas, ratos e larvas. Assistiam ainda a morte de animais ou até mesmo de humanos, na maioria das vezes com objetos afiados. Eram também submetidos a escravidão.

Processos contra a CIA e o MK Ultra

A CIA chegou a fazer experimentos de lavagem cerebral, onde Velma Orlikow era uma paciente do Allan Memorial Institute, em Montrel. Ela era casada com o político David Orlikow e foi drogada sem saber, com altas dosagens de LSD, sendo submetida a técnicas de lavagem cerebral. Junto com outros oito pacientes, moveram uma ação contra o Serviço de Inteligência e venceram.

Acontece que em 1977 foi publicado um artigo com o título “Instituições Privadas Utilizadas pela CIA em Pesquisas de Lavagem Cerebral”, citava o médico Ewen Cameron como um dos responsáveis pelos experimentos. Em 1979 Velma Orlikow contratou advogados para abrir processo referente ao caso. A situação correu na justiça por quase uma década, sendo resolvida com um acordo em 1988, porém, a mulher morreu dois anos depois.

Revelação do MK Ultra

Em 1975 aconteceu a primeira revelação sobre a existência do projeto MK Ultra, por meio de investigações do Congresso Norte-Americano. Os inquéritos foram chamados de Comitê Church e Comissão Parlamentar Rockefeller. Em 1973 o diretor da CIA, Richard Helms, mandou destruírem todos os arquivos ligados ao MK Ultra, complicando as investigações. A medida foi tomada pensando na possibilidade de acontecerem investigações.

Os políticos conduziram as investigações baseados em testemunhos de vítimas e alguns documentos que restaram da destruição. O veterano agente da CIA, Victor Marchetti, garantia que o Serviço de Inteligência continuava com os projetos, apenas havia encobertado. Ainda no século XXI, a maioria das informações sobre o MK Ultra seguem classificadas como secretas, mas se sabe que mais de 30 universidades participaram.

MK Ultra na mídia

O escritor Michael Grant lançou o livro Bzrk, citando que o MK Ultra poderia ter relação com as primeiras versões de nanotecnologia, e mesmo com os registrados eliminados, suspeitas foram deixadas. Foi citado pelo autor Alfred W. McCoy, no livro “Uma questão de Tortura: Interrogatórios da Cia da Guerra Fria à Guerra ao terrorismo”, com destaque para os métodos utilizados.

Apareceu na série televisiva Granite Flats, onde o MK Ultra era realizado em um hospital no estado do Colorado. Também foi referenciada no episódio 20 da segunda temporada de Bones, onde é citado Frank Olson. A banda britânica Muse toca a canção MK Ultra, onde a letra traz detalhes deste antigo projeto da CIA.