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Ku Klux Klan
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Ku Klux Klan: saiba mais sobre a seita

A Ku Klux Klan contava com milhares de membros nos Estados Unidos, que buscavam uma suposta purificação do país, por meio da eliminação de diversos grupos de pessoas. Esse movimento começou no século XIX e logo foi banido. Como eles agiam? Ainda existem membros da KKK? Confira a seguir.

O que é Ku Klux Klan?

A Ku Klux Klan também é conhecida pela sigla KKK ou “o Klan”, ao longo da história três fases deste movimento foram realizados nos Estados Unidos, defendendo correntes de extrema-direita. É bom lembrar que em português um clã significa um grupo de pessoas unidas em busca do mesmo objetivo, ou então descendentes de um mesmo ancestral, embora essa não seja a tradução da palavra Klan.

Ao longo dos anos estes grupos se mantiveram firmes, chegando a contar com 6 milhões de membros durante o segundo movimento. Segundo consta, buscavam a purificação da sociedade norte-americana, eliminando grupos que de acordo com eles, não eram dignos, como negros e judeus. Aliás, o movimento surgiu para evitar que negros tivessem direitos de comprar terras após a Guerra Civil Americana.

Quando foi criada a Ku Klux Klan?

O primeiro grupo chamado “Klan” foi criado nos Sul dos Estados Unidos no final da década de 1860, durando até 1870, seus membros eram desconhecidos e tentaram derrubar os governos estaduais republicanos durante a Era da Reconstrução, que havia iniciado após a Guerra de Secessão. Os membros desenvolviam as próprias roupas e costumavam utilizas máscaras ou chapéus cônicos, buscando aterrorizar e esconder suas identidades.

O segundo movimento durou por volta de 1915 até 1944. Esse foi mais forte, com atuações em todo o território norte-americano. Os membros não gostavam de católicos e judeus, e detestavam imigrantes recentes. Foi neste período que os trajes utilizados passaram a ser brancos, diferentes dos coloridos do primeiro movimento. Um dos rituais realizados envolvia a queima de cruzes.

Assim que terminou este movimento foi iniciado o terceiro estágio, que ainda dura. Reúne poucos membros, entre 5 mil e 8 mil. São pequenos grupos sem conexão uns com os outros. O objetivo era contestar os direitos civis, utilizando violência e assassinatos contra ativistas. Estes defendiam a moralidade cristã, embora não fossem apoiados por religião alguma. Defendem ainda o anticomunismo, homofobia e antimiscigenação.

De onde vem o termo Ku Klux Klan?

As duas primeiras palavras, Ku Klux, vêm da palavra grega “kyklos”, que em português significa círculo. Já o Klan foi adicionado devido à sonoridade do termo, fazendo uma referência com clãs tradicionais. A sonora KKK era marcante e ao longo dos anos ganhou força nos Estados Unidos, colocando medo em muita gente.

Primeiras ações da Ku Klux Klan

O movimento foi fundado pelo general Nathan Bedford Forrest, na cidade de Pulaski, no Tennessee. O objetivo era dificultar a caminhada dos negros libertados, que poderiam adquirir terras e ter direitos civis, igual os outros cidadãos. Em 1872 o grupo teve suas atividades banidas nos Estados Unidos, por ser considerada uma entidade terrorista.

Ritual de entrada na Ku Klux Klan

No começo eram aceitos somente pessoas com os pais nascidos nos Estados Unidos e com a cor de pele branca. Posteriormente essa exigência deixou de vigorar. Quem desejava participar do grupo passava por interrogatórios e eram orientados a seguirem todas as indicações de seus membros, sem questionamentos. Assim que eram aprovados passavam por um juramento e batismo, além de ordenação e apostasia, deveriam ainda ler parágrafos com as ordens seguidas pela KKK.

Ku Klux Klan ainda existe?

A Ku Klux Klan perdeu força de vez após a quebra da bolsa em 1929 e ao longo da década de 1930. Na década de 1960 retornou a ativa, envolvida com movimentos buscando direitos civis e defendendo a igualdade nos Estados Unidos. O movimento perdeu força nos anos seguintes, quando grupos anti-Klan deram os últimos golpes nessa organização.

Foram exigidas diversas indenizações para as vítimas de ataques violentos. A Ku Klux Klan existe até hoje, mas a sua força é bem pequena, principalmente se comparada ao que já foi um dia. Quem militava na Ku Klux Klan partiu para outros movimentos, ainda mais violentos que buscavam a supremacia dos brancos, sendo algumas delas ligadas ao neonazismo.

Como agiam os membro da KKK?

Os membros da Ku Klux Klan eram nacionalistas ao extremo e fanáticos religiosos, seguidores do protestantismo. Perseguiam e matavam negros, judeus e imigrantes, podendo até mesmo ser confundido com princípios do nazismo. Praticavam os mais bárbaros modos de tortura, utilizando roupas brancas para lembrar fantasmas e aterrorizar os seus rivais.

Ku Klux Klan na Alemanha

Esse tipo de movimento teria ganhado força também na Alemanha, onde foram desenvolvidos quatro grupos pelo menos. Eles buscariam a supremacia branca, mas contavam com um pequeno número de membros. Teriam praticado ações desde a década de 1920, com atuações em diferentes pontos da história. Desde 2001 foram registrados aproximadamente 70 crimes envolvendo a KKK na Alemanha.

Líder da Ku Klux Klan era judeu

Um dos líderes da Ku Klux Klan foi expulso do exército norte-americano e então passou a militar no grupo. Daniel Burros chegou ao posto de “Grande Dragão”. Porém, quando a sua origem judaica foi descoberta ele foi retirado da KKK e se suicidou. Grande Dragão eram pessoas que comandavam as províncias, assim como os Titãs, Gigantes e Ciclopes.

Negro na Ku Klux Klan

Em 1970 o policial afro-americano Ron Stallworth se tornou um dos membros da Ku Klux Klan. Ele não se reunia pessoalmente com o grupo, mas conseguiu contatos por meio de telefonemas. Quando as reuniões aconteciam pessoalmente, um companheiro de farda banco comparecia, dessa forma suspeitas não eram levantadas.

Líder da Ku Klux Klan elogiou Bolsonaro?

Na verdade é um ex-líder, David Durke. “Ele soa como nós. E também é um candidato muito forte. É um nacionalista”, comentou antes das eleições de outubro de 2018, se referindo a Jair Bolsonaro. Durke lembrou ainda que o presidente brasileiro era descendente de europeus, parecido com os homens brancos dos Estados Unidos. Bolsonaro logo foi ao Twitter e disse que rejeitava qualquer tipo de apoio da KKK.