Essa é uma planta conhecida há milhares de anos pelos povos indígenas que habitavam a América do Sul antes da colonização europeia. Possui diversas aplicações na cultura popular, embora ainda não tenham sido comprovadas pela ciência que está estudando o assunto. Quer saber mais sobre a Ayahuasca? Continue lendo e saiba mais abaixo.
O que é Ayahuasca?
A Ayahuasca é uma bebida alucinógena, desenvolvida a partir de plantas e ervas encontradas na Amazônia, podendo provocar mudança na consciência por um período de 10 horas após ter sido consumida. É aplicada muitas vezes em rituais ocultos para abrir a mente dos seus usuários.
Veja também – Projeção Astral: saiba mais sobre o fenômeno
Ela conta com uma substância chamada de DMT, que serve para imitar o efeito neurotransmissor do corpo humano, criando consciências sobrenaturais, causando alucinações e visões sobre a própria vida. Algumas regiões utilizam a Ayahuasca como forma de limpeza da mente e do corpo. Possui diversos efeitos colaterais após o seu consumo.
Ayahuasca serve para a medicina?
Ainda não é garantido que sim, mas estudos estão sendo feitos, para que o tema seja aprofundado e melhor tratado nos próximos anos. Acredita-se que pode ser uma ótima forma de reduzir ou até mesmo acabar com a depressão, já que realmente ela facilita a resolução da mente, possibilitando enxergar o mundo de outra forma.
Normalmente as religiões que fazem esse tipo de utilização garantem que a sua eficácia só irá aparecer quando a pessoa resolver encarar os seus problemas. Os pesquisadores estão analisando se ela contribuí com a cura de síndromes do estresse pós-traumático, para resolver memórias antigas que proporcionam esse problema. Outra utilização seria para acabar com vícios e hábitos ruins.
Efeitos colaterais da Ayahuasca
A Ayahuasca apresenta alguns efeitos colaterais para os seus usuários, como vômitos e diarreia, que seriam proporcionados pela limpeza do corpo. Existem alguns efeitos colaterais secundários que podem surgir após beber a mistura, como náuseas, suor excessivo, tremores, aceleração nos batimentos cardíacos e pressão arterial.
A Ayahuasca é considerada uma bebida alucinógena que pode gerar alterações emocionais permanecentes em seus usuários. Assim, ao reparar algum problema novas situações desagradáveis podem acabar surgindo. Ansiedade, medos e paranoia são algumas questões que podem ganhar destaque. Essa bebida não é considerada ilegal no Brasil.
Nomenclaturas da Ayahuasca
O prefixo aya vem do idioma quíchua, importante entre os indígenas da América do Sul, significando morto, defunto e espírito. Já o sufixo waska é traduzido como cipó, ou cipó morto, e ainda cipó do espírito. Recebe outras nomenclaturas como hoasca, daime, iagê, santo-daime e vegetal.
Utilização do chá de Ayahuasca
A antiga civilização inca conhecia bem os benefícios e os efeitos trazidos pela Ayahuasca. Os primeiros relatos de utilização por povos indígenas foram feitos pelos missionários jesuítas em 1737. Franz Xaver Veigi descreveu como uma planta utilizada para adivinhação, mistificação e enfeitiçamento. Estudos sugerem que esse chá é consumido há pelo menos 8 mil anos, ou no mínimo 3500 anos.
Onde a Ayahuasca é popular?
O seu consumo continuou sendo popular na América do Sul mesmo com a diminuição das populações indígenas. A prática também ganhou fama em alguns outros lugares do mundo. É bem comum em países como Brasil, Austrália, Peru, Estados Unidos, Equador, Colômbia e Bolívia, e em mais de 70 tribos da Amazônia.
Chá de Ayahuasca é proibido?
Não. No Brasil não existe nenhuma lei que proíba a utilização dessa planta, seja para fazer chá ou para qualquer outro fim. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda a questão, mas ainda não bateu o martelo. As autoridades sanitárias estão cada vez mais preocupadas com essa utilização. Uma alternativa seria reconhecer a bebida como patrimônio cultural.
Como fazer chá de Ayahuasca?
Para produzir o chá de Ayahuasca você deve ter em mãos 50 gramas da planta, totalmente inteira, sem estar cortada, assim como 12 gramas de caule e raiz de jurema-preta, vinagre branco, água destilada e quatro panelas de aço inoxidável. É importante seguir direitinho a receita para atingir todos os resultados oferecidos pela bebida.
Primeiro a planta deve ser enrolada em uma toalha e partida com a utilização de um martelo, já a jurema-preta deverá ser moída. A jurema-preta deve ser levada para uma panela e colocada com um litro de água, mais uma quantidade de vinagre, o mesmo deve ser feito com a Ayahuasca, em outra panela. Na sequência leve ao fogo e deixe por 2 ou 3 horas, até a água baixar.
Ainda deixando as duas separadas, devem ser coadas por meio de um pano, até formar uma porção, é importante ir mudando a posição do pano, já que ficará entupido rapidamente. As plantas devem ser fervidas entre 2 e 5 vezes, sempre separadas. Quando terminar devem ser levadas para a geladeira e aguardar até o dia seguinte.
Um dia depois, a jurema-preta deve ser retirada e filtrada novamente por um pano, sem atingir as bordas do recipiente. O mesmo não precisa ser feito com a Ayahuasca. Assim que for aquecido, o chá deverá estar com uma cor semelhante ao vinho tinto. Concluindo todas as etapas, o líquido das duas panelas poderá ser misturado, ou consumir primeiro o chá de jurema-preta.
Como posso beber do chá de Ayahuasca?
É bom chacoalhar o recipiente antes de beber, para evitar que algumas substâncias preciosas fiquem no fundo. Especialistas recomendam que cada pessoa beba duas doses. Quem bebe e acaba apresentando efeitos colaterais, como o vômito, deverá beber novamente para fazer efeito.
Ayahuasca não é indicada para grávidas
Segundo o CONAD, no Brasil a utilização da Ayahuasca por menores de 18 anos deve ser feita somente com autorização dos pais. Não existem estudos epidemiológicos acerca de problemas com grávidas, mesmo assim não é recomendado devido aos efeitos que pode causar. Existe a toxidade ao feto, variando conforme a dose utilizada.
Ayahuasca e remédios psicoativos
Em sua composição natural, a Ayahuasca conta com substâncias que inibem alguns efeitos dos medicamentos, assim também não é recomendado fazer esse tipo de utilização. Pode haver interação com calmantes, sedativos e anestésicos. Em alguns casos os efeitos podem ser cortados e em outros potencializados.
