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Águia de sangue: o cruel método de tortura viking

Guerras são períodos praticamente sem leis, mas a Águia de Sangue não aconteceu propriamente em um conflito. Era um método de tortura que colocava medo em qualquer um e servia para castigar aqueles que tivessem feito algum mal contra os vikings.

Existem alguns relatos sobre a utilização desse método tenebroso. Quer saber mais sobre o assunto? Veja a seguir.

Águia de Sangue

A Águia de Sangue era uma prática tão cruel que os pesquisadores ainda têm dúvidas se realmente existiu. Consistia em matar lentamente pessoas que não estivessem de acordo com o pensamento viking. Era um tipo de tortura em que a pessoa não conseguia escapar de nenhuma forma e nem gritar poderia.

O que é Águia de Sangue?

Na antiguidade existiam diversos métodos de tortura que hoje em dia nem imaginamos. Um deles era a Águia de Sangue, aplicada principalmente por tribos nórdicas. Era uma prática destinada para quem cometia infrações e que haviam sido julgados por perturbar a ordem dos deuses. O objetivo deles era fazer com que sofressem em silêncio.

Como era o castigo?

Na maioria das vezes a pessoa condenada era deitada com o peito para baixo e na sequência eram feitos cortes no tórax, para ter acesso as costelas. Estas eram separadas da coluna vertebral, fazendo com que a pessoa adquirisse uma forma semelhante a uma águia. Todo esse procedimento era feito com a vítima viva, sempre que possível. Para fechar, era colocado sal nas feridas e então aguardavam a pessoa morrer.

Órgãos expostos

Com as costelas abertas, os órgãos do torturado ficavam completamente expostos. É claro que a pessoa era amarrada antes do procedimento começar, para que não tentasse nenhum tipo de fuga. Dessa forma, ela não podia se mexer e toda a tortura poderia ocorrer conforme o desejado pelos vikings. Alguns pesquisadores relatam que os pulmões chegavam a ser retirados totalmente dos corpos.

O que acontecia se gritassem?

A Águia de Sangue era um método fatal de tortura que tinha o objetivo de levar as vítimas para Valhala. Conforme a mitologia nórdica e as crenças do paganismo nórdico, esse local tinha 540 portas e estava situado em Asgard, dominado pelo deus Odin, sim, aquele mesmo do filme Os Vingadores, o pai do Thor e do Loki.

Nem todos os mortos iam para Valhala, apenas metade dos que morriam em combates, enquanto os outros 50% eram levados para os campos Folksvang da deusa Freia. Ainda segundo a tradição da Águia de Sangue, caso a pessoa torturada ousasse em gritar, estaria submetida a maldição eterna e jamais conseguiria atravessar os portões até Valhala.

Quem eram os responsáveis pela Águia de Sangue?

A Águia de Sangue seria uma prática da cultura viking contra inimigos ou invasores. Esse antigo povo que vivia nos territórios onde hoje ficam os países nórdicos eram bastante conhecidos pelos métodos de tortura que aplicavam em nome do deus Odin. Um dos mais dolorosos, já que a pessoa precisava estar viva, era a Águia de Sangue.

Águia de Sangue existiu mesmo?

Esse ritual é tão cruel que os pesquisadores não conseguiram identificar até hoje se a prática da Águia de Sangue realmente existiu. Quando o rei Ragnar Lodbrok morreu, histórias sobre este castigo bizarro começaram a ser contadas e duraram por pelo menos 500 anos. Pode ter sido uma invenção do povo nórdico que acabou ficando popular.

Quais foram as vítimas?

A Águia de Sangue pode ter sido aplicada mais de uma vez, primeiro como uma vingança a morte Ragnar Lodbro e depois com Halfdan, filho do rei Haroldo V da Noruega, com Máel Gualae, rei de Munster, e o arcebispo Aelheah. Geralmente durante invasões nórdicas ou em guerras. Quem se apresentava como opositor, era capturado e torturado até a morte.

Quem foi a primeira vítima?

Era o ano de 867, quando o rei Aella, de Nortúmbria, atual North Yorkshire, na Inglaterra, foi vítima dos vikings. Ele teria matado Ragnar Lothbrok e jogado em um poço cheio de cobras. Liderados pelo filho de Lothbrok, partiram em busca de vingança. Conseguiram capturar Aella e o mataram da forma mais cruel que encontraram.

Muitos detalhes para ser mentira

Quem acredita na veracidade da Águia de Sangue diz que os escritores do tema eram bastante específicos e detalhistas, o que dificultaria ser apenas uma invenção. Duas teorias são aceitas, a primeira de que seria um sacrífico ao rei Odin e a segunda de que foi inventada para aumentar o medo em relação aos vikings.

De onde vem os relatos sobre a Águia de Sangue?

Os principais relatos originais sobre a Águia de Sangue vêm dos séculos XII e XIII, seguindo histórias nórdicas e islandesas, na maioria de poesias escritas naquele tempo. O maior defensor da existência dessa prática foi Alfred Smyth, um especialista irlandês em relação a história dos reis da Escandinávia. Conforme Smyth, algumas das mortes podem ter sido em sacrifício aos deuses.

Conforme Roberta Frank, acadêmica de língua inglesa e literatura escandinava, o procedimento descrevendo a Águia de Sangue varia de texto para texto, sendo mais cruel em uns do que em outros. Mesmo assim, as únicas fontes seguem sendo poesias de interpretação aberta. Os vikings existiram entre os séculos VIII e XI, logo os relatos sobre a Águia de Sangue surgiram centenas de anos após o fim destes exploradores.

Águia de Sangue retratada na série Vikings

O personagem Jarl Borg foi executado com a Águia de Sangue durante um dos episódios da série de TV Vikings. O personagem é mostrado em uma cela, com um rato e uma cobra, e mais o crânio de sua primeira esposa. O Rei Horik até pareceu tentar organizar um motim para salvar Borg, mas não foi o que aconteceu.

A tortura começa com cortes nas costas de Borg e seus ossos sendo quebrados, desde a costela, arrancando os pulmões e pendurado sobre seus ombros. Muitos espectadores ficaram chocados com a crueldade apresentada pela técnica de tortura. No fim da cena aparece uma águia e a câmera troca de foco entre o rosto do personagem e da ave, até que Borg finalmente morre.